UC – A4000 – Finalmente Pronto!

Olá pessoal!

Finalmente terminei o que seria a primeira grande fase de upgrades e customização do A4000. Vou tentar condensar aqui tudo que foi feito. Talvez eu não chegue no nível de detalhe que eu gostaria inicialmente, mas vocês poderão ter uma ideia de tudo que foi feito. E podem ter certeza que muito tempo foi gasto em cada detalhe.

O micro ficou muito tempo desmontado, havia muitas coisas à fazer, faltavam alguns itens e também faltava definir se algumas alterações seriam realmente realizadas. No fim das contas o que acelerou o processo de montagem do A4000 foi o fato de querer utilizar o Amiblitz3. Eu inicialmente pensei em usar em um dos A1200´s. Como eu só estava com um deles montado e a ACA1230 já tinha chegado, instalei o programa e fui tentar executá-lo. Nesse momento descobri a necessidade de MMU/FPU, coisa que a ACA não tem :-/. Eu poderia usar outra aceleradora, mas aproveitei esse contratempo como motivação para montar o A4000. E assim o fiz!

Frente do Gabinete:

A frente do gabinete já estava praticamente pronta. Mas depois que resolvi colocar a ventoinha frontal, era necessário prover uma entrada de ar. Fiz três cortes no gabinete, no mesmo sentido das faixas inferiores. Logicamente que eu não ia deixar o acabamento assim…

Frente do gabinete agora com as entradas de ar.

Lá fui eu, lixar, aplicar primer e pintar a frente novamente. E ainda tive que fazer isso uma terceira vez. Um maldito mosquito posou na frente com a tinta ainda fresca. Coisas da vida… Quem mandou não ter uma estufa :-D.

Depois de furar a frente do gabinete, tive que fazer  tudo de novo. Lixar, aplicar primer e pintar…

Ventoinha frontal instalada. A entrada de ar fica exatamente na direção dessa ventoinha.

A fonte:

Outra modificação que eu fiquei com muita dúvida se levava à frente ou não era quanto ao botão de power. Quem já viu o A4000 por dentro, sabe como é. Quem nunca viu vou tentar explicar. O botão de power tem uma haste de plástico comprida. Quando você aperta o botão, essa haste, pressiona o “switch de power” lá trás na fonte. Como agora a fonte tem um sistema “soft-touch”, como nos PC´s com fonte ATX, resolvi retirar esse botão e usar um também “soft-touch”. Agora pra ligar, é só dar um toque no botão e pra desligar é só segurar o botão por alguns instantes. Existe ainda a opção de desligar o Amiga por um comando via AmigaOS. O sistema foi bem bolado. Como quase ninguém usa uma terceira unidade de disquete (externa obviamente), esse programinha, quando executado no AmigaOS, envia um sinal exatamente para o “pino de referência” da terceira unidade de disco flexível (também conhecido como disquete :-p). Existe agora um fio soldado deste pino para a plaquinha de controle da fonte ATX. Ou seja, esse sinal entra na plaquinha e o programinha gravado no PIC, faz o seu trabalho. Simples assim!

Fonte quase pronta. Tela instalada, tudo pintado.

Já o gabinete da fonte, foi devidamente pintado. O corte que eu havia feito, ganhou uma tela de auto-falante automotivo (com os maiores furos que eu pude encontrar). A plaquinha de controle da fonte tem um LED bi-color que indica quando a fonte está pronta para ligar ou está em “stand-by”. Mesmo que seja praticamente impossível ver o LED com o gabinete fechado, resolvi colocar o LED aparente na fonte. Pelo menos vou poder vê-lo quando estiver com o micro aberto para mais alguma modificação ou manutenção. Tá bem, tá bem… a verdade mesmo é que eu queria ver como ia ficar o LED saindo pelo ex-furo de fixação da ventoinha… No fim, ficou legalzinho :-D.

Plaquinha de controle “ATX” instalada com direito inclusive a LED. O fio verde perto da placa mãe, liga a plaquinha de controle ATX ao pino do conector de drive externo.

Pré-Montagem:

Com a fonte finalizada e instalada, era hora de começar a pré-montagem. Instalei a placa mãe, a aceleradora (no A4000 o processador sempre fica numa placa separada, que nada mais é que uma aceleradora), memórias, placa filha (a que fica “em pé” com os slots), Indivision MK2, placa de rede, placa de vídeo RTG, unidades de disco (drive de 3.5″ e DVD) e pra completar um controlador de temperatura e ventoinhas.

Montagem em andamento.

Montagem em andamento.

Montagem em andamento.

Montagem em andamento.

Aqui nesse ponto tenho que ressaltar alguns itens que eu realmente gostei. O gerenciador de temperatura e ventoinhas pode parecer exagero, mas sinceramente não acho que seja. Além de ficar bonito, dar um ar de modernidade, os sensores de temperatura são realmente úteis! São ao todo 3 sensores e 3 ventoinhas controladas por ele. Coloquei um sensor no processador principal, outro no core da placa de vídeo RTG e o último na Indivision. Como não tem espaço pra colocar um cooler próximo à Indivision, ela foi a que apresentou a maior temperatura! Passando de 40º com facilidade, ainda mais com o gabinete fechado.

Utilizei então um daqueles exaustores que ficam presos à baia traseira. Isso resolveu o problema de aquecimento da Indivision. Sem o sensor, eu apenas poderia supor que ela estava aquecendo. O problema disso tudo é que o A4000 ficou com um monte de ventoinhas! Mas tudo bem. A fonte aguenta e ele não ficou tão barulhento assim. Tá pelo menos no mesmo nível que o meu PC.

Detalhe da Indivision MK2 e acima o exaustor.

Detalhe do espaço entre as placas, a Indivision e o exaustor.

Por falar nisso! O gerenciador de ventoinhas tem um microfone e um “v.u.” de LED´s pra medir se seu micro está muito barulhento. O “problema” é que o microfone é tão sensível que ele capta qualquer som. Se tiver uma música tocando ele capta e aí já era.

O outro ponto a destacar é o DVD. Este item foi um presente do meu grande amigo Marcelo Pires! E o DVD é simplesmente lindo, slim e não tem gaveta, ou seja, é igual ao utilizado nos carros. Por ser slim, sobrou espaço pra colocar um HD de notebook logo abaixo dele. E por falar em HD…

Detalhe do DVD, drive, controlador de temperatura e o novo “led” de power.

Detalhe do sensor de temperatura no chip de vídeo da placa RTG. Coloquei um mini dissipador pra ajudar.

O dilema dos HD´s:

Esse A4000 veio com um HD de 3.5″, ou seja, do tamanho “normal”, instalado junto aos drives no “berço” frontal. Pensei inicialmente em usar esse mesmo HD, pois ele já estava prontinho, tudo funcionando. Mas ele não poderia ficar mais ali. Eu teria que colocá-lo entre a fonte e a placa filha, que é outro local comum para a instalação do HD no A4000. Mas eu não tinha o berço para colocá-lo nessa posição. Fabriquei então um berço com os restos de uma carcaça de fonte. Mas não fiquei satisfeito. Eu queria mesmo era usar um HD de notebook. Preparei então um novo HD no WinUAE, testei no Amiga e funcionou de primeira. Nesse meio tempo, conversando com o Marcelo Pires, ele me deu a ideia de usar um HD SCSI. Não que o HD SCSI vá ser muito mais rápido, mas pro Amiga, o mais importante é liberar o processador da tarefa de ficar “controlando/esperando” a IDE. Consegui então um HD SCSI. Que bicho barulhento! Parecia um motor de dentista amplificado.

Apertado, muito apertado!

Interface IDE “desfiada” pra facilitar a manobra. E a do drive também!

Panorâmica…

Aí veio a grande dica do Marcelo. “Usa um adaptador IDE/SCSI”. Lá fui eu catar um treco desses. Consegui um no eBay. Não é muito barato, é difícil de achar, mas valeu a pena! Com ele, eu posso ligar um HD IDE numa interface SCSI! E não é que funcionou?? Depois de baixar o manual da minha aceleradora e configurar os jumpers para fazer o micro bootar pela SCSI, o HDzinho de notebook funcionou como se fora um SCSI. E o micro ficou bem mais rápido, justamente por deixar o processador mais livre. Mas tenho que confessar que ficou um coisa meio esquisita… quanto fio!!!! Fio da interface SCSI, adaptador SCSI/IDE e adaptador IDE3.5/2.5. Pois é, adaptador no adaptador. Mas funciona muito bem. Mais pra frente vou tentar melhorar isso e eliminar o adaptador de 3,5″<->2,5″. Por hora está ótimo! Faltava ainda ligar o DVD. Esse teve que ficar na IDE mesmo. Pelo menos ela já está atualizada e trabalhando em PIO2. Desfiei a interface IDE em blocos de 5 fios para poder manobrá-los melhor e ocuparem menos espaço, além de não prejudicar o fluxo de ar no gabinete. E com isso, pelo menos por enquanto, é o fim do dilema dos HD´s.

Indivision MK2 + Placa de Vídeo RTG:

Se tem um periférico sensacional no Amiga, ele se chama Indivision! Com ela é possível utilizar monitores de PC sem ficar se matando atrás de um monitor que possa funcionar à 15Khz… Mas uma plaquinha RTG não é nada mal! Essa que estou utilizando, uma GVP Spectrum 28/24 de 1MB, não é uma placa TOP, mas atende perfeitamente! Posso usar o WB com uma resolução de 800×600 (por exemplo), com 16Bit de cores confortavelmente, ou seja, com boa velocidade. Dá pra usar até 24bits nessa resolução, mas a performance começa a cair.

Vejam as opções:

Resolution	Depth	Frequency
1600 x 1200	8	64Hz
1280 x 1024	8	92Hz
1152 x 900	8	65Hz
1024 x 768	8	79Hz
1152 x 900	16	72Hz
1024 x 768	16	86Hz
800 x 600	16	81Hz
800 x 600	24	49Hz
640 x 480	24	59Hz

Outro ponto legal é o “pass-through”. Eu não preciso ficar comutando o monitor entre as entradas de vídeo. Eu ligo a saída da Indivision MK2 (DVI com um adaptador DVI/VGA) na entrada da Spectrum e a saída desta vai para o monitor. Ou seja, não importa se o vídeo está sendo gerado pela Indivision ou pela Spectrum, ele será exibido sem problemas e numa  única saída!

Detalhe da traseira do A4000. Dá pra ver os conectores da Indivision e da Spectrum.

Pra fechar, eu procurei uma placa velha de PC que tivesse saída DVI, retirei o “espelho” e utilizei pra fixar o conector DVI da Indivision na traseira do A4000.

O teclado:

Eu já estava com esse projeto de pintar o A4K de preto a muito tempo e por isso, sempre que achava um teclado de CDTV à venda, tentava comprar. Mas utilizar o teclado do CDTV num A4000, ao contrário do que possa parecer, não é plug&play. Aliás, se você conseguir fazer isso, certamente vai queimá-lo… O teclado do A4000 tem um conector Mini-DIN6, enquanto o do CDTV é um Mini-DIN5. Só por aí você já não vai conseguir plugá-lo, pois o pino guia não vai permitir. A solução é simples. Você pode até fazer um conversor e utilizá-lo externamente, mas a solução mais correta, nem chega a penalizar o teclado. Basta abri-lo, soltar os fios do conector (isso mesmo, não precisa soldar nem cortar nada) e inverter os dois fios da ponta (1 e 4) e os dois centrais (2 e 3). Pronto, agora você tem um teclado de A4000, só que preto! 😉 Ainda falta um último detalhe: É preciso retirar o pino guia do conector.

Teclado do CDTV. Testado e aprovado.

Como dá pra ver na imagem, eu substitui a chave de bloqueio do teclado (quem usa isso?????) por um botão com LED azul pra combinar com o controlador de temperatura. Por hora estou usando apenas como LED de POWER, mas esse botão futuramente vai ser, ou um chaveador de vídeo (caso esse micro ganhe uma Mediator com uma Voodoo), ou um botão de reset… Ainda não sei. Por enquanto estou apenas curtindo \o/.

Mais algumas imagens do micro “finalizado” e no final um vídeo dele funcionando!

Por enquanto é só 😉

Grande abraço!

Finalmente montado!

O descanso do guerreiro :-D.

Ficou legalzinho 😉

1,2,3 testando!

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Guru Meditation: Amiblitz – Parte 1

Salve Pessoal!

Depois de um longo inverno, quer dizer, o inverno ainda vem aí, mas depois de um longo e conturbado período, estou tentando retomar os blogs que eu escrevo. E tem muita coisa pra contar…

Nesse post vou falar um pouco sobre a linguagem de programação Amiblitz que atualmente está na sua 3ª versão. Essa linguagem é um Basic com cara de C. A base é o velho e bom Basic, mas com recursos e velocidade que lembram muito o C!

Essa linguagem nada mais é que a evolução do famoso BlitzBasic, que nos áureos tempos, “brigava” com o AMOS pela atenção de quem queria desenvolver jogos de maneira até bem prática para o Amiga. Mas o tempo passou, o BlitzBasic para o Amiga, parou na 2ª edição e seguiu o seu caminho no PC. Mas o pessoal que produzia o BlitzBasic (Acid Software), viu que algumas pessoas ainda usavam e queriam melhorias na versão para Amiga. Eles então, liberaram o código fonte de todo o programa (compiladores etc…) e um grupo de usuários Amiga passou a atualizá-lo, criar novas funções e inclusive uma IDE com ótimos recursos! A única ressalva era que não poderiam usar o nome BlitzBasic. Surgia aí o Amiblitz!

E não é que o Amiblitz é bem legal de usar?!

Antes de falar mais sobre como ele funciona e demostrar alguns exemplos de comandos e rotinas (farei isso nos próximos posts), vou deixar alguns vídeos bem capengas de testes que eu fiz nas horas vagas. Inicialmente utilizei o Amiblitz2 e por fim, no último vídeo, utilizei o Amiblitz3 (demorei um pouco até conseguir fazê-lo funcionar direito, mas valeu a pena!).

Teste1: Este é um exemplo que vem no manual do Amiblitz2. Apenas copiei e executei. É um exemplo interessante, pois demonstra como utilizar o recurso “DualPlayField”

Teste2: Aqui, mais uma vez utilizando o Amibliz2 num Amiga600 acelerado, comecei a fazer um “demo” de um jogo de nave que desenhei no DPaintIV. Eu ainda estava apanhando um pouco do programa e não consegui carregar a palete de cores corretamente. Por isso a nave está com essas cores loucas…

Teste3: Praticamente o mesmo do teste anterior, mas já brincando com “upgrades” na nave, adicionei um “escudo”.

Teste4: Dessa vez, já no Amiblitz3 e utilizando o Amiga4000 (precisa ter MMU/FPU pra rodar o Amiblitz3), comecei um novo projeto. Estou montando o background pelo método “tile”, a rotina de tiro, colisão e scroll já implementadas e finalmente me entendendo com a palete de cores :-D.

Se a galera se animar… posso tentar dar uma ajuda e moldar os posts num “mini-curso” para quem quiser começar a brincar e programar também. Atenção! Isso não é uma promessa! 😉

UC – A4000 – Melhorando o sistema de ventilação – Parte 5

Entramos pela quinta parte dessa série de posts sobre a melhora no sistema de ventilação do A4000. Dessa vez, dei uma paradinha nas alterações do “case” da fonte pra poder montar uma plaquinha bem interessante.

Plaquinha pronta para os testes!

Numa das conversas com o Mugo sobre essas adaptações, ele me falou sobre um circuito que havia montado e que adiciona algumas características legais ao Amiga com fonte ATX.

Como funciona?

Basicamente, esse circuito possibilita o uso de um botão de power do tipo soft touch, ao invés do “botão com clique” original do A4000, mas é só isso?

Não! Além de permitir ligar micro com um simples toque no botão de power e desligar segurando-o por 2 segundos, o circuito tem um “feature” bem interessante que é desligar o micro através de um comando no AmigaOS. Isso é possível pois, junto com o esquema de montagem do circuito, vem um programinha que, ao ser executado, envia um sinal através de um determinado pino do conector do drive externo, que por sua vez está ligado à plaquinha que faz o restante do trabalho.

Plaquinha testada e aprovada!

Depois de olhar o esquema do circuito, bem simples por sinal, pensei: E por quê não? E com o respaldo do Mugo pra qualquer dúvida ficou fácil.

Montei tudo numa plaquinha padrão, gravei o PIC e pronto!

Só não testei ainda o desligamento via software, já que o micro ainda está todo desmontado. Mas o restante funcionou de primeira e muito bem!

Enquanto isso na sala de justiça… quer dizer no LabRitcho 😉

Lembra que eu falei que faltavam dois capacitores pra trocar da fonte? Pois bem, eles já foram trocados e como já soldei o conector principal que vai pra placa do A4000, ficou faltando apenas um pequeno detalhe pra eu dar como finalizada essa parte da revisão da fonte, um “apito” que vem do transformador e que some depois de alguns segundos. O Mugo já me explicou o que fazer. Vamos ver se será possível…

A essa altura do campeonato, eu já iniciei a pintura do case da fonte e mais algumas surpresas no gabinete do A4000, mas isso, como de praxe, fica pra um próximo post ;-).

Abraços!

UC – A4000 – Melhorando o sistema de ventilação – Parte 4

Como disse no post anterior, várias ideias martelaram a minha cabeça sobre o que fazer com a fonte do A4000. Pois bem. Resolvi fabricar uma nova tampa traseira para a fonte. Peguei a tampa de uma fonte velha de PC com espessura da chapa o mais próxima possível da original. Marquei as linhas para os cortes e mandei brasa. Foram “só” 18 disquinhos da dremel 😉

Sai uma tampa traseira personalizada!

18 discos de dremel… e eu só quebrei 1 hein?!

Depois de cortado, aparei as arestas com uma lima e em seguida com uma lixa de ferro grossa. Mudei a orientação da tomada pra que eu pudesse usar uma ventoinha de 80mm e fiz um furo pra usar uma chave geral (dica do Mugo). Dobrei as arestas que precisavam e fiz inclusive o dente para o encaixa da tampa superior. Confesso que gostei bastante do resultado final.

Good!

Hora de fazer o furo pra ventoinha.

A próximo passo era fazer o furo da ventoinha e os demais furos para os parafusos. Na tampa original, os próprios furos já tem as roscas para os parafusos, mas os furos que eu fiz são lisos. Como resolver isso? Cortei partes da mesma fonte “doadora” onde havia rosca para os parafusos e soldei com estanho mesmo na nova chapa. Ficou muito bom!

E dá-lhe dremel…

Primeiro teste de montagem. Gostei!

Na pré-montagem, não gostei de um pequeno detalhe. O furo pra tomada ficou cerca de 1mm mais largo do que deveria. Depois de pensar em várias soluções, resolvi usar estanho pra fechar esses espaços e inclusive fazer as curvas da tomada pra dar um acabamento melhor. Depois de pintado vai ficar melhor ainda.

Preparando pra soldar as “roscas”.

Rosca soldada com estanho.

Ainda falta tampar o furo onde ficava a ventoinha originalmente, fazer um corte na lateral da fonte pra criar um fluxo de ar e instalar uma grade pra proteger a ventoinha na traseira.

Primeiro teste no gabinete \o/

Agora com a tomada e a chave geral.

Depois desse trabalho todo, era hora de terminar de montar a fonte no “novo” gabinete e fazer as ligações elétricas. Mas… o Mugo me falou sobre um circuito bem interessante que ele tem no A4000 dele e que possibilita usar uma chavinha soft-touch (sem aquela travinha). Aperta uma vez o power e o micro liga. Segura 2 segundos o micro desliga. Um luxo! 🙂 E tem mais, dá pra desligar via comando no AmigaOS. Top! Sendo assim, pára tudo, mãos à obra na plaquinha de circuito.

Tá quase…

Estágio atual, com a ventoinha instalada. Falta a grade.

E lá vamos nós pro 5º capítulo…

UC – A4000 – Melhorando o sistema de ventilação – Parte 3

Sabe quando você está empolgado com aquele projeto maluco? Pois é… Estou assim nesse projeto do A4000 e nem tenho parado pra ver outras coisas que estão pendentes. Mas, como dizem por aí: “Faz parte”…

E lá vamos nós!

Como disse no outro post, comecei a mexer na fonte do A4000. Consegui uma boa fonte de PC, porém usada. Sendo assim a primeira providencia foi  fazer uma manutenção preventiva.

A fonte estava assim…

A fonte estava imunda! Desmontei tudo e lavei. Depois disso, parecia nova em folha. Só parecia. De cara, condenei três capacitores estufados. Mais tarde, um quarto meliante também se entregou. Por fim achei melhor trocar tudo. Nada de economia porca não é mesmo? Os dois capacitores maiores ficaram pra depois, já que não encontrei na medida que eu preciso. Cheguei a comprar um com uma voltagem um pouco maior mas eles não couberam. Paciência… Todo o restante é zero bala.

…e ficou assim depois de um bom banho!

Com a fonte revigorada, realizei alguns testes medindo as tensões pra ver se estavam dentro dos padrões esperados. Nessa altura do campeonato eu ainda não sabia o nível de alteração que eu queria ou gostaria de alcançar. Ué, mas como assim, tá doido?!?! 😀

2º passo: Trocar os capacitores!

Calma! Vou tentar explicar e rapidamente vocês entenderão o por quê das minhas dúvidas…

O objetivo principal era trocar a fonte cansada do A4000 por uma mais forte e renovada de PC. Ok! Isso estava bem perto de ser conseguido. Bastava agora soldar meia dúzia de fios e pronto! Opa, mas e a tal conversa de “Melhorar o sistema de ventilação”? É exatamente nesse ponto que começam as dúvidas. Vamos à algumas delas (e seus prós e contras):

1.  Diminuir o tamanho total do case da fonte do A4000 (já que a fonte que vou utilizar é bem menor que a original):

Prós: Aumenta a área interna para futuras modificações, melhora o fluxo de ar (pelo menos na teoria);

Contras: Construir um novo case (seja alterando o original, algum outro ou ainda fazendo um novo do zero), adaptar o botão de liga (já que não será possível usar a haste original do botão de power e correr o risco de jogar o trabalho fora caso seja necessário, no futuro, trocar a fonte por outra de maiores dimensões.

2. Manter o tamanho original da fonte e alterar a posição da ventoinha, passando-a para a parte traseira do micro:

 Prós: A muito tempo essa é a posição “correta” da fonte, soprando o ar pra fora.

Contras: Alterar a tampa traseira (cortar pra caber a ventoinha e alterar todo o necessário); talvez não haja fluxo de ar suficiente pra ventoinha puxar (parcialmente resolvido com a ventoinha frontal), mas não caberia uma ventoinha de 80mm. O correto seria abrir um corte na lateral da fonte e eliminar o furo frontal do local original da ventoinha.

3. Cortar apenas a grade traseira da fonte e manter todo o restante nas posições originais.

Prós: Fácil e rápida implementação;

Contras: Alteração da tampa traseira por “pouca coisa”, pouco ganho no fluxo de ar.

Bem, essas são as opções que mais martelaram a minha cabeça. Ainda pensei em pelo menos outras duas variantes e no final optei pela segunda opção com direito a alguns “improvements”, mas isso fica pra Parte 4 dessa “novela”…

[]s!

UC – A4000 – Melhorando o sistema de ventilação – Parte 2

Continuando com o projeto, dessa vez a meta era instalar a ventoinha no furo que eu já havia deixado preparado na primeira parte. Por incrível que pareça, encontrar os parafusos foi o mais complicado! Por fim, comprei uns parafusos, mesmo não sendo do modelo que eu queria, apenas para poder continuar o trabalho. Mais tarde, com calma, vou procurar os parafusos que eu tenho em mente e os substituirei.

Ventoinha cortada em 1/3 da espessura.

Eu preparei duas ventoinhas para testes. A primeira eu cortei perpendicularmente em duas partes, sendo 1/3 a parte frontal e 2/3 a parte traseira. Dessa forma a hélice fica sem a proteção, mas isso não seria problema, uma vez que essa parte ficará totalmente protegida pela frente do A4000. Resta saber se ela será eficiente dessa forma.

A segunda ventoinha eu apenas aparei algumas arestas para que ela pudesse passar pelo furo e girar sem esbarrar quando a frente do A4000 estiver instalada.

Ventoinha instalada na frente do A4000.

Escolhi testar primeiro a segunda versão. Ela ficou mais robusta e não perdeu muito de suas características. Provavelmente ainda terei que fazer com que, de alguma forma, o ar externo chegue à ventoinha. Já tenho algumas ideias, mas só vou falar disso mais pra frente.

Por hora, fiquei bastante satisfeito com o resultado estético, espero que nos testes de eficiência eu tenha uma boa resposta. Sua posição estratégica  não poderia ser melhor. Ela vai “soprar” bem na direção das memórias, chips de controle da aceleradora e também do processador. Perfeito!

Vista interna da ventoinha instalada no A4000.

A Parte 3 já vem aí! Vou falar da fonte de PC que estou adaptando e como isso vai influenciar na melhora do sistema de ventilação do A4000.

Abraço!

UC – A4000 – Melhorando o sistema de ventilação – Parte 1

Marcação para o corte do gabinete

O gabinete original do A4000 desktop não é o que podemos chamar de espaçoso, muito pelo contrário. Isso acaba gerando por tabela um problema de circulação de ar e logicamente um maior aquecimento do equipamento. Pra completar, algumas soluções adotadas pela Commodore não combinam muito com o nosso clima. A traseira da fonte, por exemplo, tem apenas algumas aletas para saída do calor, a frente do gabinete é praticamente lacrada e se juntarmos a isso tudo um processador 040 ou uma PPC, teremos um aquecedor de ambientes dos bons!

Corte feito! Excelente!

Preocupado com esse problema, meu Amigo Marcelo Pires (Mugo), numa de suas pesquisas, achou uma solução interessante de um amigueiro francês, que consiste basicamente em instalar um ventilador adicional na parte frontal do gabinete soprando o ar bem na direção da aceleradora, com fluxo de ar passando pelas memórias, CI´s e processador.. Colando a ideia do Mugo, resolvi fazer no meu A4000 também.

Primeiro teste de posicionamento do cooler.

Parece simples né? E realmente a ideia é simples, já a prática é um pouquinho mais complicada e trabalhosa. O Mugo já havia feito vários testes de eficiência com alguns ventiladores e pra mim coube apenas o trabalho de aplicar o que ele já havia testado e aprovado. Ele me ajudou inclusive a achar os ventiladores e uma fonte de PC (sim! isso também faz parte desse Under Construction), que vou usar nessa modificação do A4K. Valeu Mugo!!!

Cortando o gabinete

Como eu disse, espaço é algo escasso no A4K.

Para alojar a ventoinha na parte frontal,

Resultado final: Aprovado!

só mesmo cortando a chapa interna. Então, mãos à obra! Eu já tinha visto o que o Mugo tinha feito, então ficou bem mais fácil do que me arriscar “às cegas” e cortar algo errado.

Colei alguns pedaços de fita adesiva e marquei o local do corte. Com um prego, fiz um marco central, para que a furadeira não escorregasse e com uma serra copo para metal iniciei o corte. Pra retirar as rebarbas, primeiro passei uma lima e em seguida lixei com lixa de ferro. A pintura sofreu muito pouco, o que me deixou bem contente. Afinal, quando menos retrabalho melhor!

O próximo passo é instalar a ventoinha, mas isso fica para a Parte 2. 😉

UC – A4000 – Instalando o soquete para bateria CR2032

De grão em grão…

Um bom banho vai bem!

Aos pouquinhos as coisas vão andando no projeto do A4000. O upgrade da vez foi a instalação de um soquete para bateria de lithium, as “famosas” CR2032.

A placa mãe desse A4000 já estava livre da temida bateria de NickelCad. Pra quem não sabe, esse tipo de bateria têm o péssimo hábito de vazar seu ácido pela placa e quando percebemos, normalmente já é tarde e algum estrago já foi feito. É recomendado um bom banho na placa, caso seja constatado qualquer tipo de vazamento, seja da bateria ou de capacitores.

Diodo 1N4148 soldado no polo positivo do soquete.

Existem alguns produtos que podem ser utilizados para inibir ou pelo menos tentar diminuir os efeitos nocivos do ácido, como o Fúria (alvejante) ou até mesmo suco de limão. Em seguida um banho com detergente neutro e muita água! A secagem deve ser feita com cuidado usando um secador de cabelos ou soprador térmico, sempre com cuidado para não aquecer demasiadamente a placa. Normalmente, deixo a placa ainda por 1 ou 2 dias terminando de secar antes de realizar qualquer teste.

Detalhe do “corte” feito para uma melhor fixação do soquete.

 

O processo de instalação é bem simples, bastando verificar a polaridade dos terminais e adicionar um diodo no polo positivo. Como essas baterias não são recarregáveis, o diodo se faz necessário, para que, com o micro ligado, a bateria não receba carga, mas quando o mesmo estiver desligado, ela consiga manter o relógio do sistema.

Tive que dar uma desbastada numa das laterais do suporte, para que ela pudesse ficar bem apoiada na placa, sem esbarrar em nenhum chip.

Suporte e bateria CR2032 instalados.

O resultado final foi muito bom. Apesar de simplório, é uma modificação gratificante, principalmente por saber que não tenho mais o fantasma dessas baterias me assombrando. O A3000 que acabou de chegar ao LabRitcho teve um sério vazamento de bateria e sei que terei problemas para deixar sua placa 100% novamente. Mas isso é uma outra história, ou melhor, outro Under Construction que começará em breve!

UC – Amiga 4000 – Substituindo os capacitores

O assunto é mais que batido eu sei. Acredito que o maior “temor” dos usuários do Commodore Amiga sejam os capacitores assassinos, como eu os costumo chamar. Já vi vários lugares descrevendo as técnicas para realizar essa manutenção então não vou me preocupar em falar sobre isso aqui. Por outro lado, não achei em nenhum lugar uma listagem com apontamento dos capacitores do Amiga 4000. Então… aqui está! Enjoy! 😉

Mapa dos capacitores da placa mãe do A4000 - revisão B

UC – Amiga 4000 – Substituindo os soquetes de memória

Retirando os soquetes de memória

Como eu disse no post anterior, uma das tarefas que já foram realizada no A4000, foi a substituição dos soquetes de memória. É raro encontrar hoje em dia um A4000 com os soquetes de memória originais e inteiros. É realmente um problema crônico nos A4000 e com esse exemplar não foi diferente.

A troca não tem muito mistério, mas exige paciência: São 72 pinos para serem dessoldados e ressoldados para cada um dos 5 soquetes.

Que ferramentas eu utilizei?

• Ferro de solda
• Solda (Estanho)
• Sugador de solda
• Dremel e lixa (opcionais – depende do tamanho do soquete utilizado)
• Paciência, muita paciência 😉

Soquetes retirados!

Depois de retirados os soquetes a dica é começar a soldagem pelo banco de memória da CHIPRAM, depois o banco 0 e assim sucessivamente. E não há outra forma. Melhor seguir essa dica ou você descobrirá da pior maneira que não dá pra colocar os soquetes dos bancos de numeração mais baixa depois de colocar os mais altos. Logicamente que isso só vale se você estiver usando soquetes iguais aos vendidos no site AmigaKit. Aliás, os soquetes vendidos lá tem outro problema. Eles não encaixam!! Como os soquetes ficam muito próximos uns dos outros, eu tive que desbastar com uma dremel e dar acabamento com uma lixa na parte posterior de cada um dos soquetes (exceto o banco 3) para que eles pudessem encaixar. Deu um pouco mais de trabalho que o previsto, mas no final ficou muito bom.

Pronto!

Foi preciso desbastar os soquetes para encaixarem.